Como vão as coisas ultimamente?

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Oi!

Faz muito tempo que eu não sento aqui pra escrever. Fico realmente mal com isso, porque escrever sempre foi uma coisa que me dá muito prazer e satisfação. Não sei o que tava acontecendo comigo, mas ultimamente me vi muito esgotada mentalmente e muito grudada no celular e redes sociais.


A verdade é que eu tenho passado muito tempo fazendo nada, lendo sobre coisas aleatórias na internet ou rolando o dedo no feed do Instagram, sendo que na verdade nem foto direito tem mais naquela rede. No entanto, eu amo a inteiração e a pequena comunidade que tenho ali. E como também gosto de me comunicar oralmente, acabo levando muitas reflexões pra lá.


Por mais que eu ainda prefira o blog e tal, eu sinto muita falta da interação que acontecia por aqui. E isso, felizmente, ainda acontece no Instagram. Reclamações à parte, eu tenho falado na terapia de como me sinto meio improdutiva desde que comecei nesse trabalho novo. A princípio eu achava que era estafa da pandemia - quem não ficou cansado de lockdown, restrições, limitações, doença e perda de entes queridos? No entanto, conversando com alguns amigos e conhecidos no Instagram, me surgiu essa possibilidade desse cansaço e sensação de procrastinação serem associados ao meu “novo” trabalho - que de novo não tem nada, já que vai fazer um ano que comecei!



Eu sempre fui professora, então sempre fiquei cansada fisicamente no meu trabalho: passava muito tempo em pé, andando, me mexendo. Além disso, pelo menos aqui na Irlanda, eu andava muito de bicicleta não só pra locomover entre casa e trabalho mas pra fazer minhas coisas mesmo. Na pandemia isso mudou drasticamente, mas ter mudado de profissão intensificou ainda mais. Agora eu trabalho sentada 7 horas por dia, passo horas olhando pra uma tela e “conversando” com clientes e colegas por e-mails, chat ao vivo e Teams. Ok, nunca tive problema com computadores e adoro me comunicar assim também, mas eu não havia me dado conta que essa estafa mental fosse relacionada à isso, sabe? 


E pensando bem, faz muito sentido. Eu comecei a perceber que aquele gás que eu tinha pra fazer mil coisas, aula disso e daquilo, tava acabando. E mesmo fazendo mais exercício físico do que eu fazia antes, não me sinto com mais energia, pelo contrário. Então se antes eu acabava o trabalho lá pelas 5pm e fazia aula de italiano uma segunda sim outra não, pilates terça e quinta e irlandês na quarta, aula de canto duas vezes por mês, eu fui ficando com cada vez menos vontade - ainda que eu AME cada uma dessas atividades (tirando o pilates que realmente faço por necessidade). Trabalhar com computador realmente esgota a mente e agora eu entendo muito mais o R., por exemplo, que sempre teve esse modelo de trabalho.


O blog ficou abandonado, meus projetinhos de lettering morreram, o diário/bullet journal também esquecido e fui empurrando com a barriga. Agora me dei conta de que estamos em agosto, e essa energia não melhora. Tenho certeza que não é falta de vitamina nem nada de saúde - estou com exames em dia e me alimento muito bem no geral. 


Mas se as telas tem me deixado cansada, como fugir disso, já que quase tudo que eu faço envolve essa bendita? Estudar irlandês, as aulas de canto e irlandês, terapia… os exercícios físicos (pilates e funcional) também são por aulas no zoom. Eu particularmente acho super prático, rápido, facilita muito a vida. Mas e aí? E aí que tem semana que eu fico todos os dias em casa, sem colocar o nariz pra fora.


Nao tenho solução pra isso, mas queria deixar registrado que tá rolando e não sei muito bem como lidar com isso.


Em paralelo, o trabalho em si tá indo SUPER BEM. Falta pouco pra completar 12 meses de firma, e eu nem acredito que apesar de desafiador no começo, estou bem mais confortável no meu papel de atendimento ao cliente. Nos últimos meses recebi reconhecimento de colegas, entrei pro time de treinamento e aumentei muito meu input no time. Entrou muita gente nova depois de mim, então quando alguém pergunta alguma coisa sou muito rápida em responder, ajudar. Aliás, isso é um caminho que tô encontrando e que me dá muito prazer: ajudar os colegas. Me sinto muito bem em me sentir realmente útil e fazendo a diferença, e esse reconhecimento vem além dos tapinhas nas costas: já recebi pontos internos, prêmios em reuniões, e agora em setembro teremos uma revisão anual, uma conversa onde o gerente vai dar um Feedback do nosso trabalho naquele ano e tal. Tô super ansiosa porque acho que fiz um trabalho muito bom pra quem começou há pouco tempo, mas eu volto aqui pra contar tudo!


Fora isso, viajamos bem mais do que eu imaginava que poderíamos em 2022: fomos visitar amigos na Holanda, em casal pro Marrocos, fui com amigas pra Budapeste, e ainda fomos comemorar nosso primeiro ano de casados na Eslovenia e Veneza. Não escrevi sobre nenhuma dessas viagens no blog, estou devendo MUITO, mas vai rolar! (Apesar de que…. Bem, tem coisa que fizemos na Ásia em 2018 que ainda não veio pro blog, então não confiem na minha promessa!) E fora isso, em julho recebemos minha família aqui numa visita muito especial e inesquecível que certamente vai merecer um post de recordação!










Além de tudo isso, esse ano ainda passamos por um evento traumático que foi uma perda gestacional. Eu quero fazer um post sobre isso, pois só agora tenho me sentido pronta/com vontade de “jogar pro mundo”. Enfim, o ano teve de tudo um pouco e ainda faltam 4 meses completos pra 2022 chegar ao fim, muita ainda pra rolar ainda!


Pros próximos meses temos mais viagens programadas, vamos começar a pensar nas comemorações dos meus 35, minha mãe vem pra cá passar o natal…. E em paralelo, quero continuar com minhas atividades “extra-curriculares” embora me sinta sem muita energia para tal.


Um post de atualizações pra ficar registrado como foi um pouco esse primeiro semestre de 2022.

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