Aaaaaaatirei o pau no gato-to

/

Eu já dei aula pra criança e por conta disso sabia uma ou outra música infantil, mas o fato é que como eu nunca dei aula pra criança muito pequena (com exceção de uma turminha na Fisk no segundo horário da manhã - que bonitinhos!), sabia mais as músicas as que já tem versões brasileiras (a música da aranha que subiu pela parede e a da estrelinha lá no céu). Ah, sem deixar de lado a música que mais cantei em sala de aula: a música do alfabeto

Quando comecei a trabalhar com a família M. aqui na Irlanda fui apresentada ao mundo das nursery rhymes - assim são chamadas as canções de ninar. A mãe das meninas canta várias pra elas e elas são muito musicais (ambos os pais tocam instrumentos) e cantam o tempo todo. Logo de cara, aprendi a música do peixe, a da black sheep e a do humpty dumpty. Além disso, com a ida à biblioteca toda quinta-feira, meu repertório aumentou bastante: já sei cantar a do wheels on the bus, a jelly on the plate (minha preferida) e a row row row your boat



Umidade ad infinitum

/

Irlanda, cê é muito legal, mas pra quê tanta umidade? 

PARTE 1: SECANDO ROUPAS 

O fato é que uma tarefa simples como secar roupas tem sido um grande desafio e sufoco. 

Em outubro eu fiz um post sobre secar roupas aqui no blog - no verão era lindo, eu secava roupa lá fora. E mesmo em novembro, quando comecei a secar roupa dentro de casa, mesmo demorando 4,5 dias, ela secava e beleza. Só que o inverno "pesado" bateu na porta, e com ele, as chuvas e mais umidade. Roupas leves secam em 3 dias; roupas mais pesadas, se secarem, levam uma semana. O problema é que por terem ficado úmidas por muito tempo elas acabam ficando fedidas e eu tenho que levar as benditas de novo!

Quando dá, coloco as roupas no aquecedor (e o meu varal fica perto do aquecedor), mas não dá pra colocar tudo e ele não dá conta de secar tudo. Já tentei mudar de amaciante e sabão em pó, mas não resolveu. As roupas leves ficam secas, mas não ficam com cheirinho de lavadas (mas também não ficam com cheiro de cachorro molhado). As calças, coitadas, ficam aquela coisa. Os jumpers, meu deus, nem sei mais o que fazer. A sorte é que como as temperaturas estão subindo, as roupas tem levado um pouco menos de tempo pra secar agora.


"Nada pra fazer em Dublin"

/

Quando eu tava voltando do campo de concentração em Sachsenhausen pra Berlim, havia vários brasileiros no metrô. Comecei a prestar atenção em uma conversa específica: era um menino que havia morado em Dublin por 3 meses e contava a um casal, também brasileiro, sobre sua experiência de morar na capital irlandesa. Uma de suas frases me chamou a atenção: "Dublin é uma cidade legal, mas depois de um mês, não tem muito o que fazer". 


No meu diálogo imaginário eu levantei do banco e disse: "oi? você morou na mesma cidade em que eu moro?!!", mas como sou tímida e não me meto em conversa alheia, fiquei quietinha imaginando que essa cena renderia um post pro blog. 

A começar por: tem muita coisa pra fazer em Dublin. Eu que tô aqui há quase um ano vivo encontrando coisas legais e tenho várias na lista. A verdade é que quem procura, acha. 


Tanta coisa a ser explorada...

Professores nativos ou não-nativos: o que é melhor?

/

Eu tava pensando nesse assunto umas semanas atrás, depois de ter feito minha primeira aula de alemão. Na verdade, sempre penso e falo sobre isso com amigos... Qual a diferença de ter aula com um professor nativo e um não-nativo no idioma que ele ensina?

Primeiro quero deixar claro que, talvez inconscientemente, eu defenda o não-nativo por ser brasileira e dar aula de inglês, mas o fato é que depois de quase 10 anos como professora (gente, tudo isso?!), de
conhecer muita gente na área e de ver professores nativos em ação aqui na Irlanda, não tem como não defender a minha classe. 

Já começa por um pequeno detalhe que faz uma puta diferença: geralmente o professor nativo não estudou pra ser professor. Ele trabalha com qualquer outra coisa e resolveu dar aula (seja em seu país de origem ou fora) pra ganhar uma graninha a mais. Eu disse geralmente porque sim, existem professores que estudaram pra exercer essa profissão. 

Como se vestir pra chuva

/

Quando eu cheguei na Irlanda não tinha capa de chuva, touca, casaco à  prova d'água, nada. No máximo um casaco que não molhava muito e um cachecol pra proteger o cabelo a cabeça. 

As chuvas duraram pouco e logo veio o verão. Com exceção de uns 4 dias de chuva intensa que peguei em julho, não precisei me preocupar muito com equipamento de proteção contra a chuva - quer dizer, depois de tomar chuva nesses 4 dias eu comprei uma capa na Penneys mas ela é muito leve e só serve se só estiver garoandoou se for uma chuvinha rápida - ou como eles dizem, a shower.

O fato é que quando comecei a pedalar passei a me expor muito mais e consequentemente, tomar muito mais chuva e vento na cara. Foi quando decidi investir em alguns itens: galocha e casaco à prova d'água. A galocha que comprei é a de cano curto (adivinha? a de cano longo não serve nem por secreto)  e foi baratinha na Penneys. Ela realmente funciona e só cheguei a molhar um pouco o pé quando peguei chuvas pesadas por muito tempo. 




De mão-beijada

/

Cara, cuidar de criança às vezes é um saco. Principalmente porque você quer o melhor dela, quer que ela se desenvolva, que cresça bem... logo, tem que escolher sempre o caminho mais difícil. 

Por exemplo: é muito mais fácil dar a comida na boca do que fazer elas próprias comerem. Parece um clichêzaço falar isso, mas é verdade. Quando elas comem sozinhas, fazem bagunça, sujam a cara, o cabelo, a roupa, a mesa, absolutamente tudo. Quando você dá na boca, vai diminuir muito a chance de sujar as coisas. Outro exemplo: é mais fácil enfiar a criança num carrinho e empurrá-la do que fazer ela andar - há o perigo dela soltar da sua mão e sair correndo (já aconteceu comigo), de ficar com frescura e não querer andar, enfim.

São pequenas coisas que a gente tem vontade de fazer por eles, mas que no fundo, são eles mesmos que tem fazer - tentar, errar, aprender. 

Quase um ano de Irlanda

/

Hoje eu completo 11 meses na "ilha gelada" e já começo com as aspas porque de gelado, praticamente não vi nada. Vento eu vi, friozinho eu vi, chuva na cara eu vi, mas frio de morrer de frio? Não. Inclusive já escrevi a segunda parte da trilogia "o inverno" e logo logo a última parte vem aí!

11 meses de Irlanda e o quê dizer? Que passou rápido? Que não acredito que já foi quase um ano? Que eu queria que parassem os relógios? Não existem clichês mais verdadeiros. Não consigo crer que já vivo aqui por "todo" esse tempo... Passa rápido demais, meu! Por isso crianças, eu vivo dizendo: aproveite seu intercâmbio, faça valer a pena cada real investido nisso. Eu investi o meu muito bem - foram 11 meses incríveis, mas vou deixar pra fazer essa retomada no post de 1 ano. 

Por enquanto, vou falar dos últimos 30 dias: em Dublin conheci o cemitério Glasnevin e o Little Museum (que ainda não escrevi a respeito!); já fora da capital, passei um fim de semana maravilhoso nas Aran Islands. 

Também comecei a estudar alemão na Oxford International College e tô me divertindo muito! 

Peguei muita chuva na cabeça e quase caí de bicicleta nas ventanias da semana passada.

Mas enfim, 11 meses e fica a pergunta: vou renovar o visto? Bom, pra quem lê o blog meio que já deve deduzir a resposta. Mesmo assim, vou fazer um suspense e falarei desse assunto no próximo (e último?) mês.

Inishmore, Aran Islands, Irlanda - fevereiro de 2014

Alemão: cedo demais pra falar que tô amando?

/

Comecei a estudar alemão há duas semanas e tô me divertindo bastante, apesar de tanto a segunda como a terceira aulas terem sido bem medianas, bem regulares. Eu entendo que é um curso bem introdutório, de 8 semanas, mas mesmo assim, vejo muitas falhas no delivery da professora. Em nenhum momento duvido da capacidade linguística dela, mas gente, a aula é bem mais ou menos. 

Acho que o que mais me incomoda é impessoalidade e a falta de repetição. Eu lembro que quando dava aula pra níveis básicos, repetia as coisas milhares de vezes e fazia os alunos repetirem de diversas formas: em grupo, em pares, prática de diálogos, dinâmicas, enfim, muita coisa, tudo com o intuito de ajudar o aluno na pronúncia. A professora até fez a gente repetir um pouco mais, mas se atrapalhava na instrução e nos comandos. Uma coisa que aprendi quando trabalhava na Fisk é dar instruções bem claras de repetição - ao invés de simplesmente um "everybody", a gente sempre dizia "let's repeat" ou "listen and repeat". Parece um detalhe bobo, mas faz muita diferença pro aluno iniciante. E ela não faz a gente repetir incansavelmente, aí fico insegura, achando que tá todo mundo sabendo pronunciar, menos eu!

O segundo dia na ilha mais linda

/

Nosso segundo dia em Inishmore foi um pouco mais curto, já que pegaríamos o vôo das 15h30 de volta pra Galway. Acordamos cedo e tomamos um Irish breakfast maravilhoso. Aliás, a cada vez que como isso eu gosto mais! Tem forma melhor de começar um dia que será puxado e repor as energias do dia anterior?! Como diz o R. it hits the spot!

O dia não tava ensolarado como o anterior, mas também não choveu praticamente nada. Nada de tempestade, ventania nem chuva constante.


aran islands


Pegamos as bicicletas (que ficaram sem corrente do lado de fora do b&b a noite toda - "cidade" pequena é outra coisa!) e começamos o passeio agora na parte sul da ilha, com destino ao Black Fort. O início do caminho foi tranquilo, até chegar num morro íngreme de doer as pernas. Após carregar as bikes pelo morro, pedalamos de novo num caminho de pedras que não acabava mais! Foi ficando mais íngreme e com mais pedras... Tava foda. Descemos, deixamos as bicicletas por ali mesmo e terminamos de subir a pé. Deu uns 15 minutos de caminhada e a vista valeu cada segundo!


O primeiro dia na ilha mais linda

/

Como citei no último post, meu querido R. deu a idéia de passarmos um fim de semana nas Aran Islands, mais especificamente na ilha maior, Inis Mór (Inishmore, em inglês). 

Olha, já visitei alguns lugares aqui na Europa e tô achando que não tem Paris nem Roma nem Viena que ganhe da Irlanda - dizer que gostei de lá é pouco, amei (e o R. também)! O vôo, a hospitalidade, os passeios, foi tudo sensacional. 

Leia também: O segundo dia na ilha mais linda


Saímos de Galway de manhã cedo e seguimos pro aeroporto de onde saem os vôos pras ilhas (pra quem não está de carro tem ônibus pra lá). Eles pesam os passageiros pra poder designar o assento de cada um no avião, que é pequeno e o peso tem que ser balanceado, e passam um DVD com medidas de segurança. Nós sentamos bem atrás do piloto e deu pra ver todo o processo dele ligar o avião, apertar os mil botões e tal. Deu medo, mas nossa, que demais! Que vista (a câmera tava na mochila e só tirei fotos na volta)! E quando chegávamos na ilha, não teve como não pensar na música de abertura da série Father Ted (já falei aqui). E falando nisso:


aran islands


Web Analytics
Back to Top